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Sinopse

A acção de O Vale da Paixão reporta a acontecimentos anteriores invocados pela voz de uma narradora que nunca a si mesma se nomeia. É ela quem durante uma noite, depois de ter recebido uma manta de soldado, relíquia de Walter Dias, seu pai, clama pela sua figura, reconstitui a sua vida de trotamundos, reabilitando a sua imagem de banido em herói e transformando-a, através de um discurso poético dramatizado. Custódio Dias, o tio coxo que lhe serviu de pai, Francisco Dias, o avô, ou a mãe, Maria Ema, entre outras personagens, compõem um romance de família construído através de cem longos parágrafos, correspondendo cada um deles a uma evocação especial. A figura de Walter Dias tem sido apontada como uma personagem fortemente representativa da diáspora portuguesa e europeia do século XX. 

O Vale da Paixão obteve o Prémio D. Dinis da Fundação da Casa de Mateus, o Prémio PEN Clube Português de Ficção, o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa e o Prix Jean Monnet de Littérature Européenne. 

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Autor

Lídia Jorge

Lídia Jorge estreou-se com a publicação de O Dia dos Prodígios (1980), um dos livros mais emblemáticos da literatura portuguesa pós-revolução. Desde então tem publicado obras nas áreas do romance, conto, ensaio, teatro, crónica e poesia. Os seus textos têm sido adaptados para teatro, televisão e cinema e têm sido distinguidos com os principais prémios literários nacionais.

De entre os seus livros destacam-se A Costa dos Murmúrios, O Vale da Paixão, O Vento Assobiando nas Gruas, Os Memoráveis e Estuário.

Amplamente traduzida e publicada no estrangeiro, entre os prémios internacionais que recebeu contam-se o Prémio ALBATROS da Fundação Günter Grass e o Prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas de Guadalajara.

Misericórdia (2022), o seu mais recente romance foi galardoado com o Grande Prémio de Romance e Novela da APE/DGLAB, o Prémio PEN Clube Português de Narrativa, o Prémio Urbano Tavares Rodrigues, o Prémio Literário Fernando Namora/Estoril-Sol e o Prémio Médicis Estrangeiro, atribuído pela primeira vez a um autor de língua portuguesa.

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