Jaime Semprun

Jaime Semprun (1947-2010) foi um ensaísta e editor nascido em Paris. As suas primeiras obras foram publicadas na icónica Champ Libre: La Guerre sociale au Portugal (1975), Précis de récupération (1976), La Nucléarisation du monde (1980).
Em 1984, fundou a revista de conotação pós-situacionista Encyclopédie des Nuisances, activa durante oito anos e que lançou quinze fascículos de crítica social sistemática contra o horror da sociedade mercantil e o colapso da consciência humana no contexto da aceleração da modernidade.
A revista passa a casa editorial em 1993, publicando obras de Theodore Kaczynski, René Riesel, Jean-Marc Mandosio e Baudouin de Bodinat (a publicar na Cornuda Radiante), bem como textos de autores “clássicos” como Chuang-Tzu, Günther Anders e George Orwell.
Como autor, prossegue o seu minucioso escrutínio à ideologia do progresso: cimentando uma crítica irredutível contra o pensamento mágico associado à tecnologia, opondo-se ao predomínio destrutivo do maquinismo e denunciando a degradação cultural, a destruição das cidades e da vida humana, em obras como Dialogues sur l'achèvement des temps modernes (1993), L'Abîme se repeuple (1997), Défense et illustration de la novlangue française (2005) e Catastrophisme, administration du désastre et soumission durable (2008; em co-autoria com René Riesel).