Eduardo Street

Eduardo Street (1934-2006), o fascínio pela rádio nasce com os programas infantis da Emissora Nacional. Como muitos da sua geração, começa na Rádio Universidade, onde escreve, faz locução e realiza programas de índole cultural. Mais tarde, sonoriza jornais de actualidades, documentários cinematográficos (Cunha Telles, Fernando Garcia, Francisco de Castro) e peças de teatro (Teatro Villaret, Estufa Fria, Avenida e Trindade). Em 1958 entre na Emissora, especializando-se na realização de folhetins, teatros e programas dramatizados. Numa grande agência de publicidade, e após um estágio em Espanha, dirige campanhas promocionais, substituindo locutores por actores. O teatro radiofónico começa, assim, a valorizar as palavras e as mensagens publicitárias. Em 1976, na Radiodifusão Portuguesa, continua a realizar folhetins e teatros, além de ser autor de séries e de programas sobre temas culturais. É a época em que é convidado para participar na análise da rádio atual nas mais diversas entidades, sejam escolas secundárias ou universidades. Em 1992, pela primeira vez na história da rádio, leva o teatro radiofónico, através da peça Frei Luís de Sousa de Garrett, ao contacto direto com o público no Palácio Fronteira, sendo a sessão transmitida simultaneamente na Antena 2. Hoje, com a ausência deste Teatro Invisível, pode-se afirmar que nunca ninguém irá realizar igual número de folhetins e teatros, 45 do primeiro, mais de 500 do segundo. Em 2005, Eduardo Street recebeu a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores "como forma de reconhecimento e consagração do trabalho de criação por si desenvolvido".


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