Afonso Cautela

Afonso Cautela nasceu em Ferreira do Alentejo, em 1933. Professor do ensino primário e jornalista, exerceu várias actividades de emergência. No Algarve, contribuiu nos anos 1950 para a publicação dos jornais A Escola Nova e O Pintassilgo. Em Moura, Alentejo, ajudou depois a fundar o suplemento cultural Ângulo das Artes e das Letras, integrado no quinzenário A Planície, que obtém alguma reputação nos meios literários nacionais. Em 1958, lança e dirige os dois únicos números de Zero: Cadernos de Convívio, Crítica e Controvérsia. Em 1959 abandona o ensino e muda-se para Lisboa, onde a partir de 1965 se dedica ao jornalismo, profissão que exerceu até à reforma, depois de ter passado pelos jornais República (de 1965 a 1968), O Século (de 1982 a 1977) e A Capital (de 1982 a 1996), entre outros. De poemas seus, publicou dois livros, Espaço Mortal, em 1960, e O Nariz, em 1961. Nas Edições Sempre-em-Pé, em 2011, saiu um terceiro, intitulado Campa Rasa e Outros Poemas. Na sua intervenção cívica, destacou-se como fundador do Movimento Ecológico Português, onde criou e dirigiu o jornal Frente Ecológica. Da obra ensaística, numerosa, sobretudo nesse domínio, referem-se apenas três títulos: Ecologia e Luta de Classes, Depois do Petróleo, o Dilúvio e Contributo à Revolução Ecológica.