Na sua primeira visita à África Subsariana, em 26 de julho de 2007, o Presidente recentemente eleito da República Francesa, Nicolas Sarkozy, fez um discurso dirigido à elite da juventude africana, na Universidade Cheikh Anta Diop, em Dacar, no Senegal.
Este discurso (conhecido para a posteridade como o Discurso de Dacar) suscitou inúmeros comentários em África, mas também na Europa, sobretudo em França, e muito em particular, entre os historiadores.
Na realidade, este discurso, segundo a ótica de muitos, está marcado por um amplo conjunto de imagens estereotipadas e representações generalizadas de África e dos africanos.
Não nos querendo, contudo, substituir ao juízo de valor que cada um fará e, muito menos antecipar conclusões, apraz-nos apenas questionar à semelhança de Mbem (2007: 25).
Quantos daqueles que criticam o Discurso de Nicolas Sarkozy o leram verdadeiramente?
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Eugénio Bezerra
Professor e autor.
Investigador no Centro de Estudos Africanos e no Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória”, ambos na Universidade do Porto.
Investigador no Departamento de Ciencias Sociais e Xurídicas da Universidade de Santiago de Compostela.
Doutorando em Ciências Sociais e Envelhecimento na Universidade de Santiago de Compostela (Espanha).
Mestre em Estudos Africanos, pelas Faculdades de Letras e de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto.
Pós-Graduado em Ciências Cognitivas e em Filosofia pela Universidade Católica de Braga.
Licenciado em Geografia (ramo científico), pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Foi aluno da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e da Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto.
Presidente da AMA – Associação de Solidariedade Mundo Amarelo – Apoio a mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade.
Foi cooperante no Malawi entre os anos de 1986 a 1988.
Desde 1991 até ao presente dedica-se à docência e à investigação na área da Saúde, do Envelhecimento, dos cuidados paliativos, da morte e do morrer e às questões relacionadas com representações sociais e estereótipos.
Autor da obra Aqueles que não entram na História (2020). Editorial Novembro, Vila Nova de Famalicão.
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