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Obras de Manuel João Gomes - I - Almanaque dos Espelhos / Os Segredos da Jacinta / Brinquedo Electrónico Essencial

Obras de Manuel João Gomes

João Manuel Gomes

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Detalhes do Produto

Sinopse

Prólogo [“Um sátiro na cidade”] de Jorge Pereirinha Pires

Nota biográfica e Obras de Manuel João Gomes por Carlos Alberto Machado

«(…) É, pois, muito natural que no caleidoscópico Almanaque de Espelhos publicado em 1980 – e que inaugura este presente volume – esteja muito presente todo esse lastro anterior, bem como as marcas inconfundíveis de uma erudição esclarecida que convoca a inspiração de autores aparentemente díspares para os colocar em diálogo. Entre si e com o próprio, a pretexto de umas «variações narcísicas».

Os Segredos da Jacinta traz-nos tudo isso, e mais alguma coisa: porventura um acentuado tom de paródia. Esta sátira do nosso sátiro é publicada em 1982, o ano em que o Papa veio a Fátima (sem revelar o terceiro segredo) em missão de agradecimento por haver sobrevivido a um atentado cometido no ano anterior, em Roma, por um extremista turco – para sobreviver a novo atentado em solo português, desta vez cometido por um padre extremista espanhol. E também o ano em que o porta-contentores Tollan, naufragado em pleno Tejo em Fevereiro de 1980, continua de quilha voltada para o céu mesmo em frente ao Terreiro do Paço, agora já volvido em inédita atracção turística e em parque de estacionamento para gaivotas. Não admira assim que a Jacinta encontre por ali o Peixomem, como o leitor verá.

(…) Curiosamente foi entre a publicação de um e outro volume, mais exactamente em 10 de Junho de 1981, que ocorreu a tragédia do pequeno Alfredo Rampi. Um caso inolvidável. A RAI esteve em directo durante 18 horas consecutivas, com audiências recorde, o presidente italiano deslocou-se ao local, sucederam-se os voluntários e as tentativas de resgate, mas a cada nova tentativa o pequeno Alfredo apenas caía mais e mais. E aí temos o mote do Brinquedo Electrónico Essencial (abreviatura de um título consideravelmente mais extenso, como se descobrirá na ocasião) que foi publicado em 1985 e remata este tríptico com glosas, e até personagens, dos volumes anteriores, por entre esquiroletas, serpentelos e sapombas.»

Jorge Pereirinha Pires, do “Prefácio”

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Amostra

Autor

João Manuel Gomes

Doce guerrilheiro, amigo da margem, da indisciplina e das revoltas.

Para a história civil: Manuel João Gomes nasceu em Coimbra, em 1948, morreu a 5 de Fevereiro de 2007, perto de Viseu. Causa da morte: broncopneumonia. Sofria de Alzheimer.

Por volta dos seus 20 anos, está em Lisboa, vindo de terras beirãs. Ex-seminarista, refractário à guerra colonial, clandestino. Na “grande cidade” conhece Vitor Silva Tavares (VST), com quem viria a trabalhar durante muitos anos, de início no magazine & etc, que VST armadilhava no Jornal do Fundão, e depois na & etc-editora.

Escreveu quatro livros e um sem número de prefácios/apresentações (alguns em jeito de “átrio”), posfácios, cronologias, notas (algumas manuscritas, como na sua tradução da Alice, de Carroll, na Afrodite), glossários e tanto mais, em obras que traduziu (muitas vezes com a sua companheira, Luiza Neto Jorge), organizou, foi solidário e cúmplice. Traduziu textos teatrais (para a Cornucópia), prosa e poesia, ensaio, testemunhos, história, filosofia. Pelos jornais, sobretudo pelo Público (aqui durante quase uma década), deixou centenas de textos de crítica teatral, que talvez um dia se agrupem em livro para dar a ver uma das mais informadas (e dedicadas) histórias do espectáculo teatral em Portugal.

Em 1969, na colectividade lisboeta Campolide Atlético Clube participou no primeiro espectáculo do seu grupo de teatro, O Avançado-Centro Morreu ao Amanhecer. Neste espectáculo, “de vanguarda” e militante, o Manuel João Gomes foi um sibilino “Apresentador/Vagabundo”. A partir desta experiência teatral, o Manuel João nunca mais deixou, de uma forma ou de outra, de estar ligado ao fenómeno teatral vivo.


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