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Ai, Alentejo... Memórias Rurais

Abílio Amiguinho

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Sinopse

Este livro abrange cerca de duas décadas, a maioria dos anos imediatamente antes do 25 de Abril e logo após. Correspondem, grosso modo, ao consumar do declínio de um tempo longo, no dizer do eminente sociólogo rural Oliveira Batista. A seu ver iniciado nos anos cinquenta do século passado, acelerado, considero eu, pela poderosa vaga migratória dos anos 60, a que o 25 de Abril, mais a designada Reforma Agrária, puseram um fim, no dealbar dos anos 80. Aquilo que classificou como o dissociar progressivo da agricultura e do mundo rural foi transfigurando o que durante séculos parecia imutável. Nos costumes, nas práticas agrícolas dominantes, nas relações sociais de produção, nos modos de vidas, nos comportamentos... Nascia-se, casava-se, trabalhava-se e morria-se na aldeia ou no território à medida do seu horizonte, permanecendo uma vida do mesmo lado social: quase todos pobres e alguns ricos.

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Recebo o texto e leio-o num ápice com emoção e encantamento. (...)

A obra de Abílio Amiguinho é uma produção literária fundada no cerzir de curtas narrativas, que se instituem como saborosas “estórias” próprias de um livro de contos. Trata-se de um livro tão pessoal que foi escrito com as “vísceras” pro- fundas de uma tradição literária alentejana em que se inscrevem muitos outros autores. Penso, nomeadamente, no Saramago de “Levantados do chão”, no Rodrigues Miguéis de “O pão não cai do céu” e em Manuel da Fonseca com o seu “Cerro maior”.

A este propósito, também associo os escritos de Abílio Amiguinho a autores de outras paragens, mas tão universais como Jack London e George Orwel que vestiram a pele dos condenados da terra, para melhor encarnar as suas ansiedades de uma sociedade mais justa. [RUI CANÁRIO]

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Autor

Abílio Amiguinho

Data de Nascimento: 25 de Novembro de 1955. Licenciado em Sociologia e Doutor em Ciências da Educação, especialidade em Formação de Adultos. É Professor Coordenador, aposentado, no Departamento de Ciências Sociais, Território e Desenvolvimento, na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre, onde trabalha, desde 1986. É sócio fundador do Instituto das Comunidades Educativas. Foi Presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Educação de Portalegre e Presidente da Associação das Escolas Superiores de Educação públicas. Foi membro do Conselho Científico do Instituto de Inovação Educacional do Ministério de Educação. Foi Presidente do Conselho Científico da ESECS. Como docente no Ensino Superior trabalhou em áreas como a Administração Escolar, Investigação Educacional, Formação de Adultos, Intervenção Social e Comunitária e Serviço Social, tanto em cursos de Licenciatura como de Mestrado. Coordenou ou integrou equipas de vários projectos de intervenção sócio-educativa dos quais se destacam o Projecto ECO II ou o Projecto das Escolas Rurais, Região do Nordeste Alentejano, ou mais recentemente o Projecto Potencializar Recursos, Valorizar e Qualificar Pessoas e Organizações, também em meio rural e nesta região do País. ¶ Autor de vários artigos e de capítulos de livros, publicados em Portugal ou no estrangeiro, e dos livros Viver a Formação Construir a Mudança e a A Escola e o Futuro do Mundo Rural, e co-organizador da obra Escolas e Mudança, o Papel dos Centros de Formação. ¶ Atualmente integra os Corpos Sociais do Instituto das Comuinidades Educativas e da Cooperativa Operária Portalegrense, cooperativa cultural registada no CASES, onde integra projetos de intervenção de envelhecimento na comunidade, em territórios de baixa densidade e numa perspetiva intergeracional.

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