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Detalhes do Produto

Sinopse

"- Aqui não há diospireiros. Mas aquele quintal, visto de longe, parecia cheio deles. Árvores e mais árvores, bastante pequenas, sem uma única folha, e muitos frutos brilhantes pendendo dos ramos. Sabe o que era? Era um laranjal que ficava perto de um cerrado de ovelhas. Estas escapuliram-se e foram comer a erva do quintal e todas as folhas das laranjeiras. Não comeram as laranjas porque lhes não cabiam na boca. Comeram alguns limões, mas outros estavam espalhados pelo chão, com uma mordidela só.
- Chiça, mé, que azedo! Diziam as ovelhas, depois de os cuspirem."

Isto contado por uma senhora de muita idade que estava à espera de uma consulta.

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Autor

Manuela Barros Ferreira

Nasceu em Braga a 8 de Setembro de 1938.

Percorreu várias escolas e liceus até se fixar no Porto em 1956, onde frequentou dois anos do curso de Arquitectura e dois do de Pintura da Escola Superior de Belas Artes. Presa pela PIDE juntamente com Cláudio Torres, com ele casou e ambos se exilaram em 1961, primeiro em Marrocos e depois na Roménia. Em Bucareste formou-se em Filologia Românica, regressou a Portugal em 1973 e doutorou-se pela Universidade de Lisboa em 1987. Enquanto investigadora do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, participou em vários projectos de Geografia Linguística, desde o Atlas Linguarum Europae (ALE), ao Atlas Linguístico-Etnográfico dos Açores (ALEA) e publicou trabalhos sobre os dialectos portugueses e a língua mirandesa. Depois da reforma, em 2003 passou a colaborar com o Campo Arqueológico de Mértola até 2015. Começou a publicar literatura de ficção em 2003. Foi sucessivamente conhecida como Manuela Ferreira (na escola), Manuela Alexandra (no Porto), Teresa Ramos (na Roménia), Manuela Barros (em Lisboa) e Manuela Barros Ferreira (nos escritos).

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