Detalhes do Produto
- Editora: Quetzal
- Categorias:
- Ano: 2023
- ISBN: 9789897228667
- Número de páginas: 688
- Capa: Brochada
Sinopse
A Saga/Fuga de J.B. é o mais importante romance espanhol do século XX. Um romance clássico e moderno, tocado pela loucura e iluminado pelo génio.
Fantasia, ironia, sentido da paródia e humor são os instrumentos de Gonzalo Torrente Ballester para construir este romance complexo e divertido cuja ação decorre algures na Galiza, numa cidade inventada, e cuja tranquilidade é interrompida quando desaparece misteriosamente a relíquia do Corpo Santo. Será José Bastida (J.B.) a contar a história desta cidade milenar – desde antes do aparecimento da relíquia até os dias de hoje. Nela, não existe passado nem futuro, apenas presente: gente de há mil anos cruza-se com figuras da atualidade, os temas parecem esvoaçar, as personagens sofrem de incontinência verbal (inventando por vezes uma língua própria) e é impossível silenciá-las, misturando literatura e história, sexo e religião, visível e invisível.
Mas a melhor leitura do romance é a do anónimo responsável da censura franquista que, em 1972, permitiu a sua publicação: «Totalmente impossível de entender, a ação decorre numa cidade imaginária, Castroforte del Baralla, onde há lampreias, um Corpo Santo que apareceu na água e uma série de malucos que dizem muitos disparates. De vez em quando, alguma coisa sexual, quase sempre tão disparatada como o resto, e alguns palavrões – para seguir a moda literária atual. Este livro não merece proibição nem aprovação. A proibição não encontraria justificação e a aprovação seria demasiada honra para tanto cretinismo e insensatez. Propõe-se que se lhe aplique o silêncio administrativo.» Não há maior elogio.
«À direita de Cervantes, autor do Quixote, havia até hoje um lugar vago. Acaba de ser ocupado por Ballester, que escreveu A Saga/Fuga de J.B.» José Saramago
«O herdeiro contemporâneo de Cervantes.» Manuel Rivas, El País
«Totalmente impossível de entender […]. Este livro não merece proibição nem aprovação. Propõe-se que se aplique o silêncio administrativo.» Despacho da censura espanhola, 1972