Na sequência de «70 de vida 60 em viagem» e de «por conta própria», «a arte de viajar sem rede - destinos para espíritos inquietos»... encerra, no formato de pequenos episódios, a abordagem de uns quantos olhares de um viajante independente ao longo de meio século. Nutrindo pela Viagem um magnífico amor, atraem-no geografias sem filtros e o seu guia para mundos de aventuras com final feliz ou nem por isso. Certo de que as rotinas e os confortos podem esperar, até porque ambos já têm excesso de clientes com lugar cativo e vitalício, aprendeu a viajar com muito pouco. E a viver... Leve, ligeiro, prefere ir em busca dos pontos cardeais variando de Meridianos, Caminhos entre a Estrela Polar e o Cruzeiro do Sul, as imediações dos Círculos Polares e a linha do Equador. Sabendo que não há dia que se repita, reconhece não haver o que substitua as lições experienciadas em Viagem. À semelhança dos livros que publiquei, persisto numa idealizada intenção. Se tanto os livros me têm proporcionado, entendo os que escrevo como uma forma singela de lhes retribuir, deixando de mim uma migalha do que deles recebo. Ilusão maior, poderá acontecer que, algum dia, um curioso se embrenhe no olhar e nos sentimentos de um sonhador pragmático, alguém que vai enriquecendo enquanto experimenta a arte de viajar sem rede calcorreando destinos para espíritos inquietos... nuns quantos recantos do planeta.