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- Editora: Colibri
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- Ano: 2015
- ISBN: 9789896894986
Sinopse
Como afirma Manuel Begonha, «imediatamente após o 25 de Abril, era admissível que
existisse uma certa perplexidade, senão desconfiança, relativamente ao papel dos militares
na revolução, atendendo a que, num passado recente, apareciam como um dos sustentáculos do
regime, não sendo despiciendo o respectivo envolvimento na Guerra Colonial». Por outro
lado, como se afirma na 1.ª diretiva do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA),
as Forças Armadas devem «actuar politicamente, com uma presença efectiva de militares
junto da população, a qual permitirá o esclarecimento das razões que levaram o país à
situação lamentável em que nos encontrámos, com base no esclarecimento do Programa do MFA,
e possibilitará a discussão das vias do futuro, criando condições para uma ampla
participação do povo na vida nacional».
As Forças Armadas, responsáveis pelo golpe militar que derrubou a ditadura, perante a
ausência de liberdade de informação e reunião que caracterizava o regime anterior,
acrescendo a uma ainda incipiente organização das forças e partidos políticos, sentiram-se
na obrigação de desencadear ações de informação e dinamização cultural que preparassem a
população para uma intervenção cívica e uma participação ativa nos atos eleitorais e na
construção da democracia. // A 5.ª Divisão foi a estrutura constituída para desempenhar
essa missão, através da intervenção dos seus diversos departamentos.
[do Prefácio de José Aranda da Silva].