Durante as suas três residências artísticas, como poetisa, no centro da Fundação Obras em Évoramonte, Gerry van der Linden apaixonou-se pelo Alentejo e por Portugal. Em 2013 e 2014 escreveu poemas sobre os sobreiros do Alentejo, as fontes de Borba e Évora, os aquedutos de Lisboa, o dramaturgo e poeta Gil Vicente e muito mais. Uma secção da sua mais recente antologia, “Stadswild”, publicada em 2014 na Holanda por Nieuw Amsterdam Uitgevers, é integralmente composta por alguns destes poemas. Durante a sua residência em setembro de 2014, Gerry van der Linden dedicou-se a realizar arte visual com objetos que encontrou. O fotógrafo português Luís Branco registou esse trabalho, e algumas dessas fotografias podem ser encontradas neste livro. Os objetos e as suas imagens não se destinam a ilustrar os poemas, mas sim a estabelecer uma interação emocionante entre eles. Todos os poemas são resultado da curiosidade, da pesquisa, do assombro e da experimentação da beleza no que de mais simples existe. Como complemento criativo, Luís Branco acrescentou algumas fotografias da sua série Alentejo aos objetos e poemas de Gerry van der Linden.