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Sinopse

Este livro reúne três contos clássicos do autor que é considerado um dos maiores intelectuais da actualidade: Umberto Eco. A guerra é posta no banco dos réus nestes três contos alegóricos, em que, por meio de linguagem adequada ao público adolescente, o autor, apoiado por belíssimas ilustrações do abstracionista Eugenio Carmi, faz reflectir sobre a necessidade da tolerância na solução de conflitos e de se legar a todos e às gerações futuras um planeta preservado e sustentável.


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Autor(es)

Eugenio Carmi

Eugenio Carmi (1920 - 2016) foi um pintor e escultor italiano. É considerado um dos principais expoentes do abstracionismo na Itália. Nascido em Génova, em 1938 Carmi mudou-se para a Suíça por causa das leis raciais impostas por Benito Mussolini. Formou-se em Química e voltou para a Itália após a guerra, onde estudou pintura com Felice Casorati e escultura com Guido Galletti. No início dos anos 1950, Carmi abandonou o estilo informal e adoptou um rigor geométrico nas suas obras. Os seus trabalhos costumavam usar materiais fabris, como aço soldado e ferro. Entre 1958 e 1965, Carmi colaborou com a siderúrgica Italsider (mais tarde Ilva) como responsável pela imagem. Em 1963 fundou com Flavio Costantini e Emanuele Luzzati a cooperativa de artistas Galleria del Deposito. Amigo próximo de Umberto Eco, colaborou com ele em vários projetos. Também ensinou em várias universidades.

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Umberto Eco

Escritor e homem de letras italiano, Umberto Eco nasceu a 5 de janeiro de 1932 em Alessandria (Piemonte) e morreu a 19 de fevereiro de 2016. Pouco se sabe sobre as suas origens e a sua infância, salvo que revelou extrema precocidade ao doutorar-se pela Universidade de Turim com apenas vinte e dois anos de idade, em 1954, apresentando para o efeito uma tese consagrada ao pensamento filosófico de São Tomás de Aquino "O Problema Estético em S. Tomás de Aquino".

Entre 1954 e 1959 desempenhou as funções de editor cultural na famosa cadeia de televisão estatal italiana RAI, lecionando também nessa altura nas universidades de Turim, Milão e Florença e no Instituto Politécnico de Milão. Com apenas trinta e nove anos de idade foi nomeado professor catedrático de Semiótica pela Universidade de Bolonha, a mais conceituada do seu país.

Começou a escrever nos finais da década de 50, contribuindo para diversas publicações periódicas com uma série de artigos que seriam reunidos em volumes como "Diario Minimo" (1963, Diário Mínimo), "Il Costume di Casa" (1973), "Dalla Periferia Dell'Impero" (1977) e "Il Secondo Diario Minimo" (1992). O seu início de atividade ficou também marcado por obras como "Opera Aperta" (1962) e "Apocalittici E Integrati" (1964, Apocalípticos e Integrados).

Mantendo uma carreira editorial bastante completa e ativa, Eco não deixou de publicar estudos académicos sobre Estética, Semiótica e Filosofia, dos quais se podem destacar "La Definizione Dell'Arte" (1968), "Le Forme Del Contenuto" (1971), "Trattato Di Semiotica Generale" (1976), "Come Si Fa Una Tesi Di Laurea" (Como Fazer Uma Tese de Doutoramento, 1977) e "Arte E Bellezza Nell'Estetica Medievale" (1986), obra que lhe valeu vários e conceituados prémios literários. Em 1980 publicou o seu primeiro romance, "Il Nome Della Rosa" (O Nome da Rosa), obra que foi imediatamente considerada como um clássico da literatura mundial. Contando as andanças de um monge do século XIV que é chamado a uma abadia beneditina para solucionar um crime, Eco restabelecia a velha contenda entre o mundo material e o espiritual. A obra foi adaptada com sucesso para o cinema em 1986, pela mão do realizador Jean-Jacques Annaud.

Bastante popular, sobretudo nos meios mais eruditos foi o seu segundo romance, "Il Pendolo Di Foucault" (1988, O pêndulo de Foucault), em que Eco contrapunha o hermetismo e a cosmologia aos potenciais da informática e aos perigos do crime organizado.

O público acolheu com mais modéstia "L'Isola Del Giorno Prima" (1995, A Ilha do Dia Antes), romance em que Roberto della Griva, um aristocrata do século XVII, desperta numa embarcação à deriva no Pacífico Sul, e "Baudolino" (2000, Baudolino), obra também pertencente ao género do romance histórico.

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