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Espelhos Mágicos - A Filmosofia em Manoel de Oliveira

António Roma Torres

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19,50 €

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Sinopse

MANOEL DE OLIVEIRA (1908-2015) deixou uma obra ímpar no cinema mesmo num nível que ultrapassa as fronteiras nacionais, inclusivamente pelo que foi a mais longa carreira de um cineasta, em atividade entre os 21 e os 106 anos de idade, desde o cinema mudo à tecnologia digital. Dirigiu um total de 32 filmes de longa metragem, sendo que numerosas das suas curtas metragens constituem também obras significativas.

António Roma Torres, em Espelhos Mágicos (título tomado, no plural, de um filme do próprio cineasta), ensaia uma abordagem de toda a sua obra, segundo linhas determinantes, numa fase de desenvolvimento e afirmação, dando atenção a cada um dos pilares de uma obra cinematográfica, como Oliveira considerou, sucessivamente a imagem, a palavra, a música e o som, para considerar o essencial do seu cinema nos filmes rodados em volta dos 90 anos de idade (Viagem ao Princípio do Mundo, Inquietude e A Carta), e não menosprezando as variações da parte final da sua filmografia, entre o cinema lusíada de inspiração camoniana e pessoana, a interpelação do texto como objeto cinematográfico e as memórias e confissões que o seu pudor permitiu que fosse revelando, onde os planos fixos finais de John Malkovich em Um Filme Falado e de Michael Lonsdale em O Gebo e a Sombra como que balizam a última década em volta dos seus cem anos. Ao mesmo tempo tenta clarificar o cinema de Manoel de Oliveira como uma forma de pensamento, desenvolvida com rigor e imaginação, numa verdadeira filmosofia, como «via radicalmente nova de compreender o cinema» proposta por Frampton (2006).

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Autor

António Roma Torres

Psiquiatra e psicoterapeuta com vasta experiência no campo do psicodrama e da terapia sistémica familiar. Ocupou cargos de relevo na área médica hospitalar, como o de diretor durante dez anos da Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar São João (Porto). Foi crítico de cinema com atividade regular durante vinte e cinco anos no Jornal de Notícias, e na revista de cinema A Grande Ilusão. Exerceu ainda atividade docente na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e particularmente no Instituto de Saúde Pública, na Faculdade de Psicologia da Universidade Católica e no Instituto Superior de Serviço Social. Nos últimos anos promoveu na cidade do Porto os ciclos Cinema Saúde Doença com debate público de temas de saúde a partir da projeção de filmes.

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