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Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
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- Ano: 2024
- ISBN: 9789895663828
- Número de páginas: 136
- Edição: 2
- Capa: Brochada
Sinopse
São estórias que um avô vai contando à neta, focadas no 25 de Abril de 1974. O espaço geográfico central é Santarém, cidade que é abordada em vários aspectos: geografia, património, história e cultura. É caracterizada a vida miserável numa aldeia próxima de Santarém. São evidenciados: a actividade política da Oposição Democrática, durante a ditadura, bem como o ambiente cultural em que se movimentava; as campanhas eleitorais da CDE (Comissão Democrática Eleitoral), em 1969 e em 1973; as manifestações do 1.o de Maio, em Lisboa, nos anos de 1973 e 1974; as características do regime ditatorial; o drama da Guerra Colonial com que a juventude se confrontava; as prisões efectuadas pela polícia política, assim como os interrogatórios e as torturas; a vida dos presos políticos nas cadeias dos Fortes de Caxias e de Peniche, bem como no Presídio Militar de Santarém; as operações militares do 25 de Abril, evidenciando o desempenho da Escola Prática de Cavalaria de Santarém; a libertação dos presos políticos, em 27 de Abril de 1974; e o início do processo revolucionário.
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A censura era uma canga sobre as mentes. A Guerra Colonial era a agonia de séculos de colonialismo. O país era condenado em todas as instâncias. O isolamento afastava-o do Mundo. A guerra era uma carga demasiado pesada para um pequeno país. Engolia boa parte do orçamento, necessária para o bem-estar do povo.
Agudizava-se a crise económica e social. As dificuldades políticas eram imparáveis. O regime não tinha soluções. Encurralara-se num beco. Fechara todas as portas. Caminhava inexoravelmente para o fim. Acossado, intensificava a repressão. A sanha da polícia política redobrava. Multiplicavam-se as prisões e as proibições. Os presos políticos sofriam torturas horríveis.
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