Concepções do Corpo no Portugal do Século XVIII: sensibilidade, higiene e saúde
Bruno Barreiros
Sujeito a confirmação por parte da editora
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Sinopse
«Depois de tosquiada toda a cabeça do enfermo, e posto um lenço ao redor dela» -
determinava um manual de enfermagem publicado em 1741 - «tirareis ao pombo as penas do
lombo, e junto da cama do enfermo se abrirá (
) e o poreis no mesmo instante com sangue, e
tripas na cabeça do enfermo (
)». Ditada por um livro médico do século XVIII, a prescrição
terapêutica proposta desperta estranheza e provoca desconforto. Ela dá conta de um sentido
de incomensurabilidade que parece separar as nossas representações do corpo e aquelas que
podemos identificar no passado. Em linhas gerais, é esta a perplexidade inicial que
inspirou a escolha do objecto de inquirição deste livro e impulsionou a elaboração do
presente texto.