Sérgio Niza

Sérgio Niza (Campo Maior, 1940) iniciou a profissão como professor do ensino primário em Évora (1963), constituindo com os seus alunos da segunda classe um «município escolar» inspirado nos métodos de autogoverno. Trabalhou no Centro de Investigação Pedagógica da Fundação Calouste Gulbenkian e nos Cursos de Aperfeiçoamento Pedagógico, no Sindicato Nacional de Professores (ensino particular), onde, em 1965, animou um grupo de trabalho de promoção pedagógica que veio a constituir o alicerce do movimento da escola moderna (MEM), liderado por si e por Rosalina Gomes de Almeida, a partir do Congresso da Escola Moderna Francesa em Perpignan (1966). Entre 1967 e 1969, foi bolseiro da Fundação Gulbenkian em Paris, no Institut Pédagogique National. De 1970 a 1990, integrou o Centro de Observação Médico-Pedagógico, onde, na Direcção da Secção de Educação Terapêutica, em A-da-Beja, constituiu uma equipa multidisciplinar e inovadora que influenciou particularmente o desenvolvimento das práticas de trabalho no MEM. Colaborou com várias universidades nacionais e internacionais em programas de formação de docentes. Em 2005, recebeu o Grau de Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública, e, em 2015, foi agraciado com o Grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Lisboa. Sérgio Niza continua o trabalho comprometido de sempre com o movimento da escola moderna.