Natália Fauvrelle

É licenciada e mestre em História da Arte (FLUP), tendo obtido o grau de mestre com a dissertação Quintas do Douro: as arquitecturas do vinho do Porto (1999), distinguida com o prémio da Associação Internacional de História e Civilização da Vinha e do Vinho. Doutorou-se em Museologia (2018) com a tese Fazer a paisagem no Alto Douro Vinhateiro: desafios de um território-museu, distinguida com o prémio Estudo sobre Museologia da Associação Portuguesa de Museologia.

É coordenadora dos Serviços de Museologia do Museu do Partindo dos conceitos de paisagem e património, questiona-se como os mesmos são representados por quem gere e pelas comunidades que fazem a paisagem, procurando uma nova abordagem concetual que permita melhorar a eficácia da gestão deste território-museu.

Baseando-se numa perspetiva fenomenológica, este trabalho analisa a paisagem nas suas diferentes dimensões, tendo sempre presente o papel do ser humano na construção de objetos, locais e práticas musealizadas. O ponto de partida é o saber incorporado e não a representação, implicando que a investigação resulte da vivência do espaço e não de uma abordagem exterior e distanciada. É o corpo humano e os seus limites que permitem o conhecimento da paisagem.

Entendendo o artefacto paisagem como um elemento da cultura material, o principal contributo da pesquisa é propor a adoção dos princípios da gestão museológica para o ADV, complementando o modelo já existente.

Douro, projeto em que colabora desde 2002. É investigadora do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória. Integrou a equipa responsável pela candidatura a Património Mundial do Alto Douro Vinhateiro e a direção do ICOMOS Portugal entre 2015-2021. Participou em diferentes projetos de investigação e museologia, publicando diversas obras e artigos na área do património vitivinícola da região do Douro.