Frei Bento Domingues

Nascido em Travassos (Terras de Bouro) em 1934, Basílio de Jesus Gonçalves Domingues tomou, em 1953, o nome de Bento, quando entrou para a Ordem dos Pregadores (O.P.), ou frades dominicanos. Estudou Filosofia em Fátima e Teologia em Salamanca, Toulouse e Roma. O modo como exerceu o cargo de assistente da Juventude da Igreja de Cristo Rei no Porto (1962-1963) forçou-o ao exílio. Em 1965, voltou a Portugal para lecionar em Fátima, Lisboa e Porto, em escolas católicas e laicas. Nos anos finais do regime ditatorial participara, entretanto, na Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos. A partir da década de 1980, lecionou também em Angola, no Peru, Chile e Colômbia. Entre 1998 e 2001, dirigiu a organização e instalação do Curso de Ciência das Religiões, na Universidade Lusófona. Em 1975, criou o Centro de Reflexão Cristã de Lisboa, tendo colaborado na revista Reflexão Cristã e dirigido os Cadernos de Estudos Africanos. Na Temas e Debates publicou quatro livros que reúnem muitas das suas crónicas no Público, Um Mundo Que Falta Fazer (2014), A Insurreição de Jesus (2014), O Bom Humor de Deus e Outras Histórias (2015) e Francisco, o Papa Que Põe a Igreja a Mexer (2016), além de A Religião dos Portugueses (2018).