Aires Torres

Nasce em 1893 e é natural de Parada do Pinhão, no concelho de Sabrosa, Vila Real. Desde muito cedo que se interessa pela atividade politica e, subscreve, ainda que precocemente o republicanismo. Saiu cedo de Sabrosa, tendo seguido para Vila Real e foi aqui, entre a sua frequência no Colégio de Lamego e a sua vida em Vila Real que se aproximou dos ideias republicanos. Entre 1911 e 1914, enveredou pelo teatro e frequentou a Escola Da Arte de Representar, mas logo em 1914 viria a ser mobilizado para a guerra, partindo para Angola até finais de 1915. Passa, depois da guerra a viver no Porto e aí se casa com Maria Vitória Moura Coutinho. Em 1925, publica o seu primeiro livro de poesia, Inquietação pela mão da Renascença Portuguesa. Depois do golpe militar em 1926, Aires Torres adere ao “Reviralho”, um movimento contra revolucionário de cariz democrático que pretendia restaurar o regime republicano em Portugal. A tentativa de revolução fracassou e Aires Torres fugiu para a Galiza e daí para a capital francesa onde, com Bernardino Machado e Afonso Costa participou na criação da “Liga de Paris” que pretendia reorganizar o movimento democrático português. Por dificuldades de subsistência em Paris, Aires Torres regressa a Portugal, passando a viver na clandestinidade. Em 1929, acabaria por ser detido na Casa de Reclusão da Trafaria. É conhecido pela polícia como “um dos principais agitadores de acquém Coimbra” Abandonando o serviço militar, em 1946 foi Chefe dos Serviços de Propaganda da Mabor e nesse mesmo ano publica o seu segundo livro de poesia. Nos últimos anos da sua vida, Aires Torres sofre de uma doença neurológica e acabou por falecer aos 84 anos, na sua casa no Porto.