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Detalhes do Produto

Sinopse

Os Arquivos de Bouça Fria partem da caminhada e da observação de um lugar na Peneda-Gerês.
Em alta montanha portuguesa, na aldeia de Vila Boa, tornámos Bouça Fria no nosso centro, centro desviado a que se chega por caminho de pé́ posto. Território transfronteiriço de transumância agro-pastoril, tão belo quanto duro, são daqui o carvalho, a giesta, a urze e a carqueja, e formas construtivas e organizativas ancestrais – como a do cortelho, dos muros de pedra em junta seca, das mariolas, dos socalcos, da cobertura em colmo e da meda de palha. Dentro do abrigo de animais que é o granítico cortelho, humanos e animais encontram-se, a escuridão envolve-nos e penetra a nossa mente, e, do seu centro, vemos raios e pontos de luz (do sol como da lua) a atravessar o espaço por entre as pedras sobrepostas, e sentimos um pulsar antigo e o abismo do tempo através da confusão de histórias de seres e pedras.
Estes Arquivos organizam e apresentam fotografias, desenhos, pinturas e gravuras, num percurso que corresponde a uma caminhada pelo lugar que se estendeu por dois anos, com desdobramentos e declinações em exposições, uma performance, e agora o livro.
É apenas um hectare, mas afinal parece que cabe lá o mundo.

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Autor(es)

Daniel Moreira

Daniel Moreira e Rita Castro Neves vivem e trabalham entre o Porto e a Beira Alta. Com percursos artísticos separados, em 2015 passam a trabalhar em colaboração. A dupla artística inicia então um projeto longo a propósito da representação da paisagem, em que refletem com o desenho, a fotografia e o vídeo - de forma instalada e com uma atenção particular ao desenho expositivo, sobre colaboração artística, diferentes técnicas e culturas artísticas, território, escala e percurso. Realizam diversas exposições individuais e coletivas, residências artísticas e curadorias. Em 2020 terminam o projeto de recuperação da Escola de Macieira, uma antiga escola primária do Plano dos Centenários em alta montanha na Serra de São Macário, na Beira Alta, para aí iniciarem um projeto de reflexão sobre cultura serrana, cultura popular, a caminhada como prática artística, a natureza e o rural, e logo sobre ecologia, biopolítica e preservação ambiental.

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Rita Castro Neves

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