Lionel Trilling
Lionel Trilling (1905-1975) foi professor de literatura e crítica literária na Universidade de Columbia, desde 1932 até à data da sua morte. Escreveu contos e dois romances (um deles inacabado), mas foi como crítico literário que se distinguiu. O seu primeiro livro de ensaios, The Liberal Imagination [A Imaginação Liberal], de 1950, reúne artigos sobre a relação entre a literatura, a cultura, a mente e a imaginação. Muitos destes artigos foram publicados na Partisan Review, publicação de que ele e a sua mulher, Diana Trilling, faziam parte. A revista tinha um cunho vincadamente político, assumindo-se como marxista, mas anti-estalinista, estando associada ao grupo conhecido como «New York Intellectuals» [«Intelectuais Nova-Iorquinos»], ao qual pertenciam também Hannah Arendt, Saul Bellow, Clement Greenberg, Irving Howe, Mary McCarthy, Harold Rosenberg e Susan Sontag. Este grupo opunha-se ao chamado «New Criticism» [«Nova Crítica»], defendendo, ao contrário deste, a influência da história e da cultura nos escritores e na literatura. Trilling acreditava na possibilidade de a literatura possuir uma dimensão moral e ajudar a reflectir sobre as questões morais da humanidade. Entre as suas obras, destacam-se as monografias Matthew Arnold (1939) e E. M. Forster (1943), Freud and the Crisis of Our Culture [Freud e a Crise na Nossa Cultura] (1955), Beyond Culture: Essays on Literature and Learning [Para Além da Cultura: Ensaios sobre Literatura e Aprendizagem] (1965). Foi postumamente publicada a colectânea de ensaios The Moral Obligation to Be Intelligent [A Obrigação Moral de Se Ser Inteligente] (2000).