Inês Castel-Branco

Nasci em Lisboa em 1977 e vivi até aos dezoito anos numa pequena cidade do interior de Portugal que se chama quase como eu: Castelo Branco. Tocava piano e passava as férias, em Aveiro, a desenhar e a explorar diferentes técnicas de pintura. E também a tirar fotografias, com a Canon antiga do meu pai. Aos dezoito anos fui estudar arquitetura para o Porto. Depois, a curiosidade levou-me a fazer um Erasmus em Barcelona. Seria apenas por um ano, mas gostei tanto da cidade que acabei por fazer um mestrado em arquitetura efémera e o doutoramento sobre os espaços do teatro nos anos sessenta. Em 2007 tornei-me editora e durante os últimos dez anos dediquei-me à maquetação e design de todos os livros da Fragmenta, além de dirigir a coleção infantil Pequena Fragmenta desde 2015 — assessorada pelos meus três filhos —, que agora tem continuidade na AKIARA books. Durante esses anos tive a sorte de conhecer Raimon Panikkar e de o visitar algumas vezes em Tavertet, na Catalunha. Quando começou a colocar-se a hipótese de 2018 ser o Ano Panikkar, senti que queria fazer um livro infantil a partir de algum texto seu. A primeira imagem que me veio à cabeça foi a gota de água. Aqui está a minha pequena homenagem a um dos maiores pensadores do nosso tempo.