Detalhes do Produto
- Editora: Guerra & Paz
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- Ano: 2017
- ISBN: 9789897022548
- Número de páginas: 120
- Capa: Brochado
Sinopse
Vamos voltar a 1966. Em Inglaterra, Portugal vai entrar em campo para jogar com a Coreia do Norte. O pé de Eusébio vai pisar daqui a nada a relva. Mas não é para Inglaterra que este livro do angolano Manuel Rui nos leva. É mesmo para Angola, para uma solitária estrada de Angola. Está Eusébio a entrar em campo e está um camião em viagem. Saído do Lubango, Sá da Bandeira colonial, por uma estrada de Angola vai um camião sem auto-rádio. É dia 23 de Julho de 1966, um sábado. Um camionista fala com o pendura a quem deu boleia. Fala de Eusébio, do que espera de Eusébio, da forma como mitifica Eusébio. E falando de Eusébio, fala dos seus preconceitos, dos seus medos, da estranheza das outras raças. Em Inglaterra, Eusébio está em campo e Portugal joga contra a Coreia do Norte. O camionista acelera, quer saber o resultado na primeira tasca de estrada que apanhe. Vai num alvoroço patriótico. Quer a glória desportiva. E, no entanto, espera-o um resultado desencantado. Para ele, kaputo camionista, um resultado humilhante. Poderá o mito de Eusébio resistir ao choque?
Manuel Rui, com uma mestria insuperável, com um camião, Botija ao volante, e Tó-Tó, à boleia, sentado ao seu lado, escreve uma ficção encantatória, uma pequena novela. Com o espírito de Eusébio a cobrir Angola como um véu de amargura, de redenção e, talvez, de glória, resgatando, golo a golo, uma pátria triste.
A esta sua quase épica ficção, Manuel Rui quis juntar o prefácio de David Borges, e textos de Carla Ferreira, filha de Eusébio, de Boaventura Sousa Santos, José Jorge Letria, e outros amigos. Um livro tão original que até Boaventura Sousa Santos confessa a Manuel Rui: «os sociólogos não sabem andar de boleia».
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