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Sinopse

«O IV Governo Constitucional não semeará esperanças vãs. As condições encontradas exigem-lhe que peça sacrifícios. Mas, em contrapartida, não enganará os portugueses. Os sacrifícios que pede são o mínimo exigível para que se estabeleçam as bases realistas do desenvolvimento e do progresso. (...) Os problemas são muitos, os sacrifícios são grandes, mas a esperança é maior». Mota Pinto faleceu na plena força da idade, com 48 anos e apenas onze de vida política.

Nesse período, mostrou uma enorme versatilidade política e o seu percurso caracterizou-se por uma certa originalidade: foi primeiro-ministro do IV Governo Constitucional (o primeiro Governo declaradamente não marxista e o único de iniciativa presidencial que esteve em funções com mandato ilimitado); fez com Mário Soares a única experiência de coligação entre os dois maiores partidos portugueses - Bloco Central - e foi vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa desse Governo (excetuando Mota Pinto, nenhum político em Portugal, depois de ter ocupado o cargo de primeiro-ministro, aceitou integrar, posteriormente, numa posição inferior, outro Executivo); foi o primeiro líder do Grupo Parlamentar do PPD (1975); tornou-se depois deputado independente e «padrinho» da Assembleia da República; foi ministro de governos de partidos diferentes (ministro da Defesa do Bloco Central, pelo PSD, e ministro do Comércio e Turismo de um Governo do PS). Homem de consensos, firme mas afável, com sentido de dever mas desapegado do poder, a ação e o desaparecimento de Mota Pinto tiveram influência relevante na história das primeiras décadas do regime democrático que o 25 de Abril de 1974 tornou possível.

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Autor

João Pedro George

João Pedro George nasceu em Moçambique em 13 de fevereiro de 1972. Doutorado em Sociologia, foi assistente na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa durante quinze anos, é investigador associado no Instituto Português de Relações Internacionais (Universidade Nova de Lisboa) e está, atualmente, a concluir um pós-doutoramento em História com a tese Descolonização e Democratização em Portugal: O Caso dos Retornados. Foi crítico literário n'O Independente e na revista Os Meus Livros e tem colaborado em diferentes jornais e revistas, como Observador, Visão ou Sábado. Nesta última, assinou, durante mais de quatro anos, uma crónica semanal subordinada ao título genérico Coração, Cabeça e Estômago.

Além de tradutor, é autor de obras como O Meio Literário Português: Prémios Literários, Escritores e Acontecimentos (1960-1999) (Difel), Não é Fácil Dizer Bem. Críticas, Obsessões e Outras Ficções (Edições Tinta-da-China), Puta Que os Pariu! A Biografia de Luiz Pacheco (Edições Tinta-da-China), O Que é Um Escritor Maldito? Estudo de Sociologia da Literatura (Verbo), Mota Pinto. Biografia (Contraponto), Chatear o Camões. Inquérito à Vida Cultural (Maldoror) ou O Super-Camões. Biografia de Fernando Pessoa (Publicações Dom Quixote).

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