Roger Caillois

Sociólogo e antropólogo francês, Roger Caillois (1913-1978), distribuiu a sua atenção e atividade por variadas áreas, desde o jornalismo até à literatura ou à intervenção política. Formado na École Pratique de Hautes Études, em Paris, Caillois desde cedo se inclinou para o estudo do sagrado, desenvolvendo o seu trabalho nas áreas da Sociologia e da Antropologia da Religião. Deste interesse resultariam as obras O Mito e o Homem (1938) e O Homem e o Sagrado (1939).
A atividade académica de Caillois estender-se-ia depois ao Colégio de Sociologia, nos anos anteriores à Segunda Guerra Mundial, onde defendeu uma sociologia politicamente empenhada e ativa, liberta de amarras «cientificizantes». Ativista político da extrema-esquerda anti-fascista, Caillois seria obrigado a sair da França em 1939, e durante toda a guerra viveria na Argentina. No seu regresso a França, após a guerra, inicia uma campanha contra o que considerava serem os dois grandes imperialismos intelectuais do seu tempo: o marxismo e a psicanálise.   
Toda a obra de Caillois se caracteriza por uma grande versatilidade e abrangência, tocando diversos ramos do conhecimento e das artes, e sendo percorrida por um estilo e uma filosofia extremamente próprios e inspirados. Intelectual e homem da cultura respeitado internacionalmente, Callois seria ainda funcionário da UNESCO, a partir de 1948, empreendendo inúmeras viagens na difusão das suas obras e publicações, até à data da sua morte, 21 de dezembro de 1978. 



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