Max Blecher

Max Blecher (1909-1938) é um Autor de culto para várias escolas e movimentos do século XX. É também um dos melhores escritores a terem passado para o papel a angústia constante da doença.

 Blecher nasceu na Roménia em 1909, filho de um bem-sucedido comerciante judeu. Ao acabar o liceu com distinção foi enviado pelos pais para Paris para estudar medicina. Pouco tempo depois era-lhe diagnosticada a doença de Pott (tuberculoso espinal). Abandona os estudos e inicia um conjunto de tratamentos em diversos sanatórios e clínicas através da Europa. Com pouco mais de 20 anos, Blecher é transportado e vive deitado e basicamente imobilizado.

 Até morrer dedica-se à escrita sendo autor de dois romances curtos (ou novelas longas, conforme se prefira), um dos quais este «Ocorrências na Irrealidade Imediata» ambos dedicados a uma juventude sem horizontes e futuro que, como tal, se preocupa em experimentar a vida ao máximo usando todos os sentidos e desligando os filtros que a sociedade imporia normalmente.

 Colaborou numa revista dirigida por André Breton e correspondeu-se com os mais importantes escritores avant-guarde da sua época: André Breton, André Gide, Martin Heidegger, Ilarie Voronca, Geo Bogza, Mihail Sebastian, ou Sașa Pană.

 Publicou também poesia, contos e escritos diarísticos.

 Acabou por não resistir à doença falecendo em 1938.



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