Lúcio Cardoso

Lúcio Cardoso (1912-1968) Nascido Joaquim Lúcio Cardoso Filho, foi romancista, dramaturgo, jornalista e poeta brasileiro, reconhecido pela Academia Brasileira de Letras, que lhe conferiu, em 1966, o Prémio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra. A sua obra-prima “Crônica da Casa Assassinada” (1959) é um dos livros mais cultuados da literatura brasileira, tendo sido traduzido para o francês, italiano e inglês. Junto com o romancista Otávio de Faria (1908-1980) e o poeta Vinícius de Moraes (1913-1980), Lúcio Cardoso é considerado um dos expoentes da intimista que despontou no Brasil na década de 1930. A sua obra inaugurou na literatura brasileira um mergulho no cerne do indivíduo moderno em que os dramas, as dúvidas e os questionamentos existenciais sobrepujam-se à descrição naturalista ou à crítica social. A literatura de Cardoso teria imenso impacto sobre a obra de Clarice Lispector (1920-1977), de quem foi amigo, mentor e cuja relação com Cardoso abriu-lhe novas possibilidades profissionais e literárias. O envolvimento com o teatro abriu caminho para a sua verdadeira paixão, o cinema. Em 1962 teve um acidente vascular cerebral, que paralisou o lado direito do seu corpo, impedindo-o de escrever. Passou então a dedicar-se com afinco à pintura e chegou a realizar duas exposições ainda em vida. Morreu aos 56 anos, vitimado por um segundo AVC.


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